Tag Cinematográfica: Desafio dos 30 filmes (#9)

Desafio dos 30 filmes: Dia 9 - Um filme do cinema nacional

Não vou ser hipócrita em dizer que, como uma pessoa que gosta de filmes, eu apoio o cinema nacional. Apoio, mas não é normal que eu escolha ver filmes brasileiros. 
Sim, eu gosto muito da adaptação de "O Auto da Compadecida". Assisti Central do Brasil. Cidade de Deus. Tropa de Elite. Tudo filme bom (ainda que meu favorito, seja o primeiro dos citados). Assisti "O Bicho de 7 cabeças" e o recente "O Escaravelho do Diabo" (que por sinal, é uma excelente dica). 
Comédias? Não, nem pensar.
Nenhum dos citados virá para a resposta da tag. Fora dois, adaptados de bons livros, os demais mexem com uma realidade quase televisiva: regionalismos, pobrezas, favelas, violência, drogas. 
Cinema as vezes precisa de poesia, da simplicidade dos sonhos... 
Por isso a minha escolha do dia 9 é um filme brasileiro que tem essas coisas: "Colegas", um filme de 2012.

"Colegas" é uma comédia light que trata de forma poética as coisas simples da vida, através dos olhos de três personagens com síndrome de Down. Eles são apaixonados por cinema e trabalham na videoteca do instituto onde vivem. Um dia, inspirados pelo filme "Thelma & Louise", os três amigos resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro em busca de três sonhos: Stalone quer conhecer o mar, Aninha quer se casar e Márcio investe na vontade de um dia voar. Em uma viagem partindo do interior de São Paulo à Buenos Aires, eles se envolvem em aventuras, na tentativa de realizarem seus sonhos, como se tudo não passasse de uma lúdica brincadeira de cinema.

O filme é muito divertido, muito bom em se tratando de roteiro simples, ou a forma como é mostrado a  pureza e a vivência das pessoas com Down o que de alguma forma, reflete o quão mágico o cinema é, mais que uma indústria que visa acima de tudo o lucro, mas também uma máquina de fazer sonhos e vidas se transformarem.
Engraçado que esse tipo de filme nem chega a ser cogitado à ser grandioso em bilheterias, ou mesmo é comentado nos programas de tv aberta, que foquem na "cultura" desse país. Perda de tempo, querer que se dê o devido valor naquilo que de fato, as grandes massas possam extrair algo de útil para as suas vidas. Completa perda de tempo, mesmo, à começar pela qualidade dos programas, a forma como eles tratam artistas, atletas e músicos.


Abraços afáveis!


► Para acompanhar as outras escolhas:  

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